sábado, 6 de dezembro de 2008

Correlação estratigráfica


A correlação estratigráfica é uma das técnicas de maior interesse em Estratigrafia e consiste na comparação de duas ou mais secções estratigráficas, de um intervalo de tempo semelhante, estabelecendo a equivalência entre os níveis ou superfícies de estratificação reconhecíveis em cada uma delas.

Tipos de correlação:

Litocorrelação
- dá-nos a correspondência pelo carácter litológico e pela posição litoestragráfica de duas rochas. Neste tipo de correlação, comparam-se as unidades litoestratigráficas presentes em cada uma das secções estratigráficas e os níveis específicos de litologias dentro das mesmas.

Biocorrelação
- estabelece a correspondência entre duas rochas com fósseis, com base na presença de determinados fósseis e a sua posição bioestratigráfica. A biocorrelação rege-se pelos biohorizontes da primeira aparição à última presença de fósseis caracteristicos, em diferentes secções estratigráficas.

Cronocorrelação
- correlaciona superfícies isócronas e o reconhecimento da sua posição cronoestratigráfica. Consiste na comparação temporal de duas ou mais secções estratigráficas, para o qual se selecciona os recursos estratigráficos que indiquem simultaneidade e facilitem o estabelecimento da correspondência de todas as unidades estratigráficas representadas.

Métodos de correlação:

Métodos de autocorrelação:
baseiam-se na continuidade das superficies de estratificação, no campo e em perfis sismicos.

Métodos litológicos:
possuem vários vários subtipos que se aplicam directamente no campo ou baseando-se em estudos laboratoriais das componentes das rochas.

Métodos baseados em propriedades físicas:
envolvem a magnetoestratigrafia e as diagrafias.

Métodos radiométricos
:
baseiam-se na comparação das datações radiométricas de materiais de diferentes secções estratigráficas.

Métodos litoestratigráficos:
consistem no reconhecimento das áreas especificas de estratificação, de acordo com um fenómeno comum;

Métodos biocronoestratigráficos:
utilizado apenas na presença de fósseis característicos. Sendo um dos métodos mais fiáveis, a sua utilização coordenada com os outros métodos descritos permite alcançar o máximo de precisão nas correlações.




Bibliografia:

VERA TORRES, J. A. (1994) - Estratigrafia, principios e métodos. Ed. Rueda, Madrid

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